24 de fevereiro, 2023

De maneira geral, o bullying é realizado contra alguém que não consegue se defender ou entender os motivos que levam aos ataques cometidos.

Já no ambiente profissional, o bullying no trabalho pode ser definido como uma série de comportamentos impróprios, que ocorrem de maneira repetitiva em relação a um ou mais funcionários, podendo criar riscos à saúde, segurança e relacionamentos.

Esse tipo de comportamento, geralmente, assume algumas características que são visíveis e fáceis de se identificar, tais como: ameaças, intimidações, agressões, humilhação, exclusão ou isolamento.

Vejamos a seguir como essa prática influencia negativamente o convívio na empresa. Também veremos quais as ações para que se possa evitar esse tipo de prática inaceitável em qualquer contexto social, como a utilização de questionários. Vejamos a fundo agora.

O que é bullying no trabalho?

A palavra bullying tem origem inglesa e deriva da palavra bully, que quer dizer brutal, tirano.

O bullying corresponde à prática de atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, cometidos por um ou mais agressores contra uma determinada vítima.

Em outras palavras, significa todo tipo de tortura física ou verbal que atormenta um grande número de vítimas que acabam se tornando indefesas diante da brutalidade dos atos.

Consequências do bullying no trabalho

As consequências que o bullying pode deixar nas vítimas são principalmente o esgotamento físico e mental.

Sofrer bullying no trabalho pode prejudicar a saúde física e mental de qualquer profissional, além de praticamente minar sua produtividade e autoconfiança. Ambientes tóxicos em que esse tipo de situação acontece, infelizmente, não são exceção no Brasil, e também no mundo todo.

Além disso, podem haver custos diretos para a vítima, como perda de renda, oportunidades, custos médicos e custos legais caso o funcionário entre com um processo contra a empresa.

Consequências do bullying para a empresa

Em relação ao trabalho, sofrer bullying pode levar a perda de concentração, e a diminuição do comprometimento com as tarefas do dia-a-dia.

Além do impacto negativo na vida das vítimas, que sem dúvida é a consequência mais séria do problema, atos de bullying no trabalho podem também gerar altos custos para as organizações.

Dentre eles podemos citar como custos diretos aqueles relacionados à ausência no trabalho, turnover de funcionários, processos jurídicos. Já os custos indiretos são aqueles relacionados à queda de produtividade, danos à reputação e à cultura da empresa.

O que diz a lei sobre o bullying no Brasil

No Brasil, o tema ganhou amplitude na década de 2010, quando motivou a promulgação da Lei nº 13.185/2015, responsável por instituir o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying).

A legislação define essa prática como:

“Todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.”

A pessoa que sofre bullying pode processar a empresa, seus representantes ou até mesmo o próprio agressor.

Diferença entre bullying e assédio moral

O assédio moral e o bullying são problemas que destoam das normas de convivência em sociedade.

O bullying e o assédio são agressões psicológicas que colocam o indivíduo afetado em condições de vulnerabilidade.

Os tipos mais comuns de bullying aos quais no deparamos no dia a dia são:

Físico: quando acontecem agressões como chutes, empurrões, socos e outras formas de violência que incluam contato físico.
Verbal: que ocorre quando se destinam às pessoas apelidos pejorativos, provocações ou xingamentos.
Escrito: quando a pessoa agredida recebe bilhetes ameaçadores, mensagens, cartas ou até mesmo pichações.
Material: quando o agressor danifica ou destrói pertences das vítimas, ou até mesmo furta objetos.
Moral: onde é utilizada a tática de difamar, intimidar ou caluniar uma pessoa.
Sexual: agressão de caráter sexual, como exposição da nudez, toques inapropriados e insinuações.
E por fim, o mais atual método usado por abusadores nesta era digital é o cyberbullying; feito pela internet, por meio de e-mails, fotos, vídeos e posts, que podem em pouco tempo tomar um alcance desproporcional.

Por outro lado existe também o assédio, que geralmente ocorre em ambiente de trabalho durante o exercício de funções. O assédio pode ser configurado como condutas abusivas exageradas por meio de palavras, comportamentos, atos, gestos ou mensagens.

Ou seja, ações que podem trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo o seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho.

Esse tipo de situação se dá geralmente de forma hierárquica, onde condutas negativas relações antiéticas e desumanas são realizadas como forma de constrangimento.

Como identificar bullying no ambiente de trabalho

Quem sofre a agressão com o bullying acaba tornando-se mais introvertido, reduzindo sua produtividade e aumentando as faltas no trabalho.

Vejamos agora alguns sinais de que o bullying está acontecendo em nosso local de trabalho.

Piadas, comentários ou apelidos ofensivos e maldosos dirigidos à uma característica física ou comportamento de um funcionário.
Boatos espalhados que, geralmente, são mentirosos contados com o objetivo de ridicularizar a pessoa.
Humilhações sofridas de outros colegas ou de superiores que ocorrem na frente dos demais colegas ou são contadas a todos depois que acontecem.
Exclusão e desprezo de um colaborador sem motivo aparente.
Situações que o colaborador se sinta humilhado.

Outra maneira de identificar estas situações é através de questionários internos e pesquisas de satisfação. Monitorizar as respostas pode te dar indícios do que está passando no interior na sua empresa.

Ações para resolver o bullying na empresa

Embora o bullying seja visto apenas como um problema nas escolas, a verdade é que ele está presente também dentro das empresas. Vejamos agora algumas ações que podem ser tomadas para que o bullying não exista.

É de suma importância que o diálogo seja incentivado cada vez mais para que se possa conscientizar os funcionários das consequências devastadoras desse mal.
Treinar, orientar e acompanhar os líderes para que não pratiquem bullying com seus colegas ou subordinados. Os gestores necessitam entender que se eles próprios abrirem espaço para essa prática seu exemplo servirá para que o mal se espalhe pela empresa.
A valorização da diversidade dentro da empresa também é um caminho para se reverem práticas e políticas que valorizem e integrem as minorias. Isso facilita a convivência entre pessoas diferentes e entre os grupos.
Busca da igualdade através do respeito, aceitação e compreensão do outro.
A empresa deve agir com rigor quando detectar um caso de bullying, Isso porque, caso não haja punições para o agressor, poderá incentivar a prática ao invés de acabar com ela.

Por fim, vale lembrar que o combate ao bullying começa já na fase de recrutamento e seleção. Uma contratação certa, feita com base nos valores da companhia, dificilmente vai levar um profissional antiético para a empresa.

Como resultado, esperamos que este artigo tenha sido de ajuda no combate a este problema. Continue no blog de Sesame para seguir por dentro de tudo sobre recursos humanos.

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