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Comunicação não-violenta: como melhorar a comunicação interpessoal e evitar conflitos

Saiba o é comunicação não-violenta e como introduzi-la na sua empresa. Acesse nosso blog e veja todas as nossas dicas!

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Isabel García

HR Consultant

Comunicação não-violenta: como melhorar a comunicação interpessoal e evitar conflitos

22 de maio, 2023

Em ambientes empresariais, a comunicação interpessoal pode ser um problema grave.

Caso não haja uma compreensão de ambas as partes em um diálogo, conflitos e estresses podem ser gerados, criando um local de trabalho negativo e podendo aumentar a taxa de turnover. Porém, isso pode ser solucionado por meio da implementação de um tipo específico de comunicação: a comunicação não-violenta.

Você vem encontrando dificuldades na comunicação de sua organização? Então continue lendo o post e saiba tudo sobre a comunicação não-violenta, desde sua definição até como aplicá-la em situações desafiadoras.

O que é comunicação não-violenta?

A comunicação não-violenta é um conceito desenvolvido pelo psicólogo estadunidense Marshall Rosenberg. Também chamada de CNV, é uma abordagem com o propósito de estabelecer um diálogo mais respeitoso, empático e autêntico, buscando promover uma compreensão mútua e resolução de conflitos, sempre de forma construtiva.

Assim, Marshall propôs quatro passos para que ela fosse posta em prática.

Os quatro passos da comunicação não-violenta

A primeira etapa é a observação, na qual é preciso a descrição dos fatos de forma objetiva, evitando ao máximo interpretações e julgamentos. Isso é feito a fim de manter a comunicação voltada para informações concretas e compartilhadas.

O segundo passo se baseia nos sentimentos. É necessário, identificá-los e expressá-los, impossibilitando o ato de culpar ou criticar os outros. Para isso, o indivíduo deve reconhecer e compartilhar suas próprias emoções de forma aberta e honesta.

O terceiro passo se pauta nas necessidades. Elas representam valores e desejos das pessoas. Dessa forma, é preciso identificar quais são as necessidades individuais e coletivas que estão ligadas aos sentimentos e, o mais importante, reconhecê-las com empatia, a fim de compreender os anseios dos outros.

E, por fim, é o pedido. Nesta etapa, Marshall afirma que é necessário fazer solicitações concretas e claras, sempre expressando o que se deseja ou necessita, evitando exigências ou ameaças. Sendo assim, os mesmos devem ser realizáveis e específicos, sempre considerando todos os lados envolvidos.

Estratégias para aplicar a comunicação não-violenta no ambiente profissional

Agora que você já entendeu o que é a comunicação não-violenta e quais são os passos propostos pelo seu fundador, como esse tipo de comunicação interpessoal pode ser aplicada, com sucesso, em sua empresa? Continue lendo o artigo para entender mais!

Treinamentos sobre comunicação não-violenta

Primeiramente, é necessário iniciar com a conscientização sobre a importância da CNV e sobre quais são seus benefícios para o ambiente de trabalho. Para isso, workshops e palestras podem ser realizados, a fim de introduzir o conceito e provocar o interesse dos colaboradores sobre o assunto.

Também, é importante fornecer treinamentos regulares para os funcionários, oferecendo recursos internos para que consigam aprender e praticar as técnicas da comunicação não-violenta.

Cultura pautada na CNV

A segunda estratégia se dá na criação de uma cultura organizacional pautada na CNV. Portanto, deve-se inserir esse tipo de comunicação interpessoal nos princípios e valores da empresa, por meio de incentivos e valorização daqueles que o praticam.

Outro modo de implementá-la é pelo estabelecimento de diretrizes de comunicação, abordando assuntos como linguagem respeitosa, escuta ativa, resolução construtiva de problemas e expressão de sentimentos e necessidades. Porém, para que seja executado, é preciso criar cartilhas e compartilhá-las com toda a equipe, além de incentivá-la a aplicar diariamente.

Incentivo em no dia a dia

Ainda, espaços como reuniões de equipe, discussões abertas ou sessões de feedback, devem ser lugares nos quais a comunicação não-violenta será aplicada.

Por isso, incentive os colaboradores a partilharem suas experiências, desafios e sucessos, promovendo um ambiente seguro para aprendizado e crescimento mútuo. Por fim, tenha líderes que pratiquem a CNV, pois eles serão o maior exemplo para suas equipes.

Benefícios da comunicação não-violenta

A comunicação não-violenta, quando aplicada de forma correta, oferece diversos benefícios para a resolução de conflitos. Dessa forma, consegue construir relacionamentos saudáveis e, por consequência, criam ambientes de trabalho favoráveis para a produtividade, bem-estar e conforto dos funcionários. Mas quais são esses benefícios?

Melhoria na comunicação interpessoal

A melhoria na comunicação interpessoal se deve pelo desenvolvimento das habilidades de comunicação eficaz, fazendo com que as pessoas expressem seus sentimentos, opiniões e necessidades de modo claro e respeitoso. Assim, a qualidade das interações é elevada, evitando mal-entendidos e fortalecendo os relacionamentos.

Promoção do trabalho em equipe

Essa é uma consequência do benefício anterior. Com a prática da comunicação não-violenta, os colaboradores são incentivados a buscar soluções que atendam as necessidades coletivas.

Isso cria um sentimento de valorização e pertencimento, já que todos estão focados em objetivos comuns. Como consequência, estimula-se a empatia e a compreensão mútua.

Redução do estresse e conflitos

Um dos mais importantes para o aumento da produtividade e, consequentemente, lucro empresarial, é a redução do estresse e de conflitos recorrentes. Quando exercitada de forma certa, a CNV auxilia na diminuição das frustrações, resultantes de confrontos constantes e situações estressantes.

Portanto, ao abordar os conflitos de modo construtivo, atendendo às necessidades coletivas, a comunicação não-violenta reduz tensões e cria ambientes de trabalho mais leves e positivos.

Como aplicar a comunicação não-violenta em situações desafiadoras do ambiente de trabalho?

Em muitas situações diárias no ambiente de trabalho será necessário colocar em prática os ensinamentos de Marshall. Porém, como realizar isso quando se está vivendo esse momento? Logo abaixo estão algumas orientações e dicas sobre como aplicar a comunicação não-violenta nessas situações.

Mantenha a calma

Em momentos desafiadores a última coisa que deve acontecer é a tomada de decisões ou falas levadas pela emoção. Por isso, é importante respirar profundamente diversas vezes, controlar as emoções e concentrar-se em conservar as atitudes respeitosas e empáticas. 

Escute ativamente

Tente escutar ativamente a situação apresentada pela outra pessoa. Para isso, é necessário estar presente, ouvindo com atenção as palavras, entonação e emoções expressas pelo indivíduo. Ainda, demonstrar interesse genuíno e empatia pela perspectiva do outro é necessário.

Não fique na defensiva ou seja agressivo

Após o entendimento e esclarecimento da necessidade, opinião ou problema, evite a defensividade e a agressividade: tente ao máximo fazer observações objetivas, não generalizando ou culpando o outro.

Ainda, ao expressar seu ponto de vista, compartilhe de forma autêntica seus sentimentos e necessidades, não sendo preciso rispidez ou críticas. Além disso, faça pedidos claros e concretos e tente buscar sempre uma solução colaborativa, procurando satisfazer os anseios de todos.

Esteja aberto a feedbacks

Esteja sempre aberto para feedbacks construtivos e aprenda com suas experiências. Assim, após uma situação desafiadora, reflita sobre o que funcionou e o que pode ser melhorado. Mais do que isso, peça a opinião sincera de outros colaboradores, buscando aprender com sua experiência e pontos de vista diferentes do seu.

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