Flexibilidade no trabalho: adeus à rigidez, olá à produtividade

10 de setembro, 2024

Adotar a flexibilidade no trabalho envolve uma mudança de mentalidade e na gestão de pessoas e horários. As organizações precisam valorizar mais os resultados e a qualidade do trabalho realizado do que a simples presença física dos colaboradores no escritório.

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O que é a flexibilidade no trabalho?

A flexibilidade no trabalho pode ser definida como a liberdade e a autonomia a organização dá aos funcionários para que façam seus próprios horários e controlem suas rotinas de produtividade diárias.

Sem dúvida, a intenção dessa prática é permitir que os colaboradores exerçam suas funções no seu ritmo e alcancem um equilíbrio entre sua vida profissional e pessoal.

Diante disso, é perceptível o aumento da satisfação e motivação dos colaboradores. Isso reflete diretamente na melhoria nos resultados da empresa.

A flexibilidade no trabalho está relacionada também a horizontalização da hierarquia organizacional. Ou seja, as relações entre líderes e liderados são claras e espontâneas e menos rígidas.

Uma empresa com trabalho flexível consegue explorar diferentes formas de executar determinadas atividades e ter mais controle sobre os processos. É conseguir ajustar horários, locais e formatos de trabalho que venham de encontro aos que os profissionais esperam, sem com isso perder produtividade e alcance de resultados.

Por outro lado, podemos também contar com funcionários flexíveis. Ou seja, por meio dessa habilidade, eles se adaptam às demandas e regras da empresa em que trabalham. Exercem as funções que são solicitadas por seus líderes de maneira proativa e com comprometimento.

Dessa forma, o profissional que coloca em prática essa soft skill não só enfrenta facilmente as dificuldades que possam aparecer na empresa, como se destaca dos outros colaboradores que não lidam tão bem com dificuldades.

Qual a importância da flexibilidade no trabalho?

A importância da flexibilidade no trabalho proporciona vários benefícios, não só para o colaborador, mas também para a empresa. Veja quais são essas vantagens, a seguir!

Satisfação dos colaboradores

Um dos itens que gera grande satisfação para os colaboradores em uma empresa é uma carga horária flexível, como por exemplo, quando o profissional tem algum imprevisto e precisa resolver o problema com rapidez.

O home office é outro ponto que atrai também a atenção dos colaboradores, pois ajuda a fortalecer a qualidade de vida do colaborador, que economiza um grande tempo de deslocamento. O resultado para a empresa é uma equipe satisfeita, dinâmica, dedicada e muito mais comprometida.

Autonomia

Cada pessoa tem uma forma específica de se organizar para o trabalho. Existem colaboradores que são mais produtivos pela manhã, outros à tarde. Alguns preferem trabalhar em home office e outros preferem trabalhar no escritório.

Observando essa variedade de profissionais, conceder ao colaborador a autonomia para que ele se organize é uma estratégia ótima. Em um quadro de tanta variabilidade, dar ao profissional a autonomia para se organizar é uma excelente estratégia.

Podemos também citar o tempo de deslocamento que também pode ser usado para começar o trabalho mais cedo e, finalizar antes as atividades. O resultado disso é produtividade e satisfação do funcionário com o emprego.

Absenteísmo e retenção de talentos

Atualmente a qualidade de vida é um ponto que as pessoas avaliam quando escolhem uma vaga de emprego ou mesmo permanecer em um trabalho. Quando uma organização coloca em prática a flexibilidade demonstra inovação e responsabilidade.

Ao mesmo tempo em que investe na autonomia da equipe, demonstra condições de ser reconhecida como um excelente lugar para se trabalhar. Dessa forma, a rotatividade e o absenteísmo diminuem consideravelmente.

Redução de custos

Quando a empresa investe, por exemplo, em alguns dias de home office consegue a diminuição dos custos com transporte. Isso também beneficia a saúde física e mental dos trabalhadores que ficarão menos doentes, diminuição assim o número de atrasos e faltas e na redução de acidentes ocupacionais, licenças médicas e doenças do trabalho.

Como resultado a organização fica mais produtiva e com o índice de custos e despesas menor em relação aos ganhos e faturamento.

Qual é o papel do RH na flexibilidade no trabalho?

O setor RH é peça-chave para o desenvolvimento do capital humano em uma empresa.

Com o objetivo de auxiliar todos os colaboradores em todos os processos no ambiente, o RH precisa acompanhar as mudanças do mercado e do comportamento do colaborador. Isso inclui implementar na cultura corporativa, através de pesquisa, planejamento e ações aquilo que os colaboradores mais desejam e necessitam.

O papel do RH na flexibilidade de trabalho das equipes se tornou mais intenso em décadas recentes. O setor ampliou suas atividades para além das tarefas burocráticas e cumprimento da lei trabalhista.

O RH das empresas atuais deve se preocupar com o colaborador de maneira a deixá-lo confortável e protegido. Nesse sentido, os profissionais de RH podem promover um clima organizacional positivo ao implementar políticas que permitam aos colaboradores equilibrarem suas responsabilidades profissionais e pessoais.

Em parcerias com as demais áreas, o RH será decisivo para a empresa contar com saúde, motivação e competência, vivenciando um excelente clima organizacional.

A partir do momento em que a empresa decide praticar a flexibilidade, o RH deve decidir qual modelo é mais útil para o perfil e o negócio. Existem três tipos de flexibilidade no trabalho. Acompanhemos abaixo a explicação de cada um deles:

Fixo variável

Este tipo de flexibilização no trabalho é quando a organização propõe diferentes opções de turnos e o colaborador escolhe em qual prefere trabalhar. Tomemos como exemplo uma empresa que trabalha com turnos de manhã, tarde e noite. Este mês o colaborador decide trabalhar de manhã e no mês seguinte à tarde.

Variável

Acontece quando a empresa permite que o próprio funcionário defina seus horários de entrada e de saída, desde que a jornada seja cumprida totalmente todos os dias. É quando o colaborador decide um dia trabalhar por exemplo das 8:00 às 17:00h, e no outro dia das 9:00 às 18:00h, porém sempre cumprindo sua jornada de 8 horas diárias.

Livre

Ocorre quando a gestão de pessoas estabelece uma carga horária diária ou semanal e o colaborador tem a liberdade de decidir sua jornada de trabalho. A empresa exige somente que o colaborador cumpra com o total das horas combinadas previamente. Se o colaborador precisa trabalhar 40 horas semanais, ele poderá, por exemplo trabalhar 4 dias por 10h e ter cumprida sua carga horária.

Todo esse conjunto de ações refletirá em mais satisfação e produtividade dos colaboradores, que é o que toda empresa almeja.

Agora que você conhece todos os benefícios da flexibilização da jornada de trabalho chegou a hora de colocá-la em prática, não é mesmo?

Cristina Martín

Diretor de Recursos Humanos at Sesame RH | Website | + posts

Sou uma profissional com mais de 20 anos de experiência em diferentes áreas de Recursos Humanos, como recrutamento, treinamento, prevenção de riscos ocupacionais e gerenciamento de pessoal.