Gestão documental
Atestado de Óbito: Importância, Procedimentos e Considerações Legais
Entenda a importância do atestado de óbito e como a empresa deve agir ao receber a notícia do falecimento de um funcionário. Acesse!
Gestão documental
Entenda a importância do atestado de óbito e como a empresa deve agir ao receber a notícia do falecimento de um funcionário. Acesse!
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Lukas Letieres
HR Consultant
28 de agosto, 2023
Como já sabemos, a única certeza da vida é que um dia ela acaba. Mas nunca estaremos preparados para perder alguém que conhecemos, ou até mesmo nos conformar com a nossa própria partida. Mas infelizmente neste momento de dor e perda temos ainda que lidar com várias exigências e papéis, um deles é o atestado de óbito.
Sem o atestado de óbito não é possível realizar nem o sepultamento do corpo e, por isso, devido a sua importância, ele é o primeiro documento a ser emitido em todo o processo.
É fundamental contar com uma eficiente gestão documental para lidar com a organização e o armazenamento desses documentos sensíveis, garantindo a conformidade legal e facilitando os procedimentos burocráticos nesses momentos difíceis.
Quer saber mais sobre a importância desse documento para a empresa e quais os procedimentos que devem ser realizados em caso de óbito de um funcionário? Continue a leitura e entenda tudo sobre o assunto.
O atestado de óbito será o primeiro documento a ser exigido desde o início do processo de recebimento de direitos trabalhistas e legais.
É necessário que se tenha em mãos a certidão de óbito para que familiares e herdeiros possam dar andamento a questões legais, tais como:
De acordo com a Lei 8.213/91, quando há morte do colaborador por acidente de trabalho na empresa, ela deverá informar à Previdência Social, de imediato, ou seja, no mesmo dia, qual foi o acidente de trabalho que ocasionou o fato.
Os profissionais de Recursos Humanos devem se preparar para que saibam lidar com o luto no ambiente organizacional, devendo demonstrar uma postura acolhedora e empática.
Apenas conceder a licença obrigatória pela lei para um funcionário de luto não é suficiente, a empresa deve ir além e oferecer um clima organizacional que valorize seu colaborador e seus momentos de dificuldade.
Perante essa situação, nada que se faça será o suficiente para consolar a pessoa, mas existem alguns cuidados que fazem a diferença e ajudam a amenizar o momento. Vejamos como a empresa pode proceder.
O papel do RH neste momento é indispensável, pois além de ter que cumprir com a legislação, precisa também criar um espaço de diálogo com o colaborador. Existem empresas mais flexíveis onde as faltas no trabalho por conta de luto estendem-se a parentes mais distantes e amigos, que não estão inclusos na lei.
Neste momento que é tão complicado na vida de qualquer pessoa, nada melhor e mais recomendado do que um tratamento profissional. Por isso, a empresa poderá oferecer um tratamento com psicólogo, utilizando até mesmo a telepsicologia, pois assim o funcionário não precisará se deslocar para ser atendido.
Atualmente algumas empresas estão oferecendo atendimento psicológico para todos os funcionários, mas caso não seja possível, recomenda-se oferecer pelo menos em momentos específicos como o luto.
A lei determina que o abono da ausência por motivo de morte de parentes próximos é de dois dias, porém sabemos que o luto é um processo demorado. Sendo assim, oferecer flexibilidade de horário ou home office, nos casos em que essa modalidade é possível, tornam-se boas opções durante o tempo de luto.
No caso de funcionários que trabalham com atendimento ao público ou vendas, por exemplo, é interessante que ele seja alocado temporariamente para um lugar em que não precise tratar diretamente com o público, já que está passando por um momento de tristeza e introspecção.
Caso seja conveniente para o colaborador e não prejudique a empresa, seria interessante o fornecimento de férias. Assim o colaborador poderia juntamente com sua família passar pelo momento do luto sem ter que se preocupar com as atividades laborais.
O falecimento de um colaborador nos faz pensar na finitude da vida. Diariamente vamos trabalhar com o intuito de ganhar dinheiro, de sermos reconhecidos ou até mesmo para nossa satisfação pessoal.
Quantas vezes trabalhamos por longos períodos com uma pessoa e não a conhecemos? Mal sabemos seu nome, sua história, seus problemas, angústias, alegrias….
Acontece que um certo dia chegamos para trabalhar e não encontramos mais a pessoa que estava a nosso lado há tanto tempo e ficamos sabendo que ela faleceu! Somente nesse instante é que percebemos que a vida é passageira e nunca nos preocupamos o suficiente com o hoje e nem com o próximo.
Nosso emocional fica abalado com o acontecimento e é aí que a empresa entra com alguns meios para que esse luto seja tratado da melhor maneira possível.
Nas empresas com uma gestão bem elaborada de RH a equipe estará preparada para lidar com as questões burocráticas que o momento envolve. Mas e a parte humana e emocional, como fica?
Pode ser que a empresa já tenha um roteiro pré-estabelecido, mas tudo deve ser feito com muito cuidado e sutileza que o momento pede. Vejamos como podemos lidar com cada grupo.
A licença por luto é um direito para os familiares mais próximos, mas como ficam os colegas de trabalho?
Não existe lei para a concessão de dias para quem não seja parente próximo do funcionário falecido. Porém, a empresa poderá elaborar em seu regime interno alguma cláusula que contemple pelo menos os funcionários mais próximos ao falecido.
Assim, além de se mostrar uma empresa que cuida do bem-estar de seus funcionários, demonstrará respeito e humanidade.
Sua empresa já conta com regras para serem aplicadas nestes casos? Caso ainda não tenha, é uma boa hora para começar a se preocupar com o assunto.