Gestão
Gestão participativa: como implementar e melhorar a produtividade?
Saiba como implementar a gestão participativa e melhorar sensivelmente a produtividade de sua equipe de trabalho.
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Saiba como implementar a gestão participativa e melhorar sensivelmente a produtividade de sua equipe de trabalho.
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Isabel García
HR Consultant
9 de agosto, 2024
Você já ouviu falar em gestão participativa? Esse é um modelo de gestão de pessoas inovador que busca envolver todos os membros da equipe. A ideia é questionar a estrutura hierárquica tradicional e propor uma gestão que valorize a colaboração e o envolvimento de todos, promovendo, assim, um ambiente de trabalho mais inclusivo.
A gestão participativa é um estilo de gerência e liderança que, com toda a certeza, se diferencia das práticas convencionais das empresas por apresentarem propostas inovadoras frente à gestão tradicional. Ao contrário dos modelos de gestão tradicionais, mais rígidos, burocráticos e hierarquizados, a gestão participativa é mais descontraída e favorável à autonomia dos colaboradores.
Como resultado, os colaboradores se sentem mais valorizados, aumentam sua produtividade e ajudam suas empresas a crescerem. E essas são apenas algumas das vantagens dessa estratégia de gestão.
Além disso, para o bom funcionamento e alcance dos objetivos da gestão participativa, é preciso considerar três pilares: gestão participativa estrutural, comportamental e de resultados. Confira os detalhes sobre cada um deles:
A gestão participativa estrutural indica uma reformulação dos modelos dos padrões de cargos. Pois a hierarquia excessiva pode prejudicar a participação dos colaboradores, impedindo a tomada de decisão em conjunto. Dessa forma é crucial conceder a liberdade e criar novas oportunidades de opinião.
Este modelo de gestão, procura evitar ao máximo qualquer tipo de comunicação interna que seja impositiva e autoritária. Nesse sistema os líderes e gestores devem adotar uma postura que vise estimular a autonomia, confiança e cooperação.
Neste sistema todos os envolvidos devem fazer uma análise completa de todas as informações coletadas. Aqui, o poder decisão é baseado em dados e resultados. Assim sendo, as opiniões debatidas em conjunto sobre determinado projeto, poderão ser mais assertivas e eficientes devido à orientação de dados confiáveis.
Citaremos abaixo, para seu conhecimento, alguns dos princípios fundamentais da gestão participativa. Os princípios fundamentais da gestão participativa incluem:
Incentiva ainda mais a participação ativa dos funcionários na tomada de decisões e na definição de metas e estratégias. A ideia é que todos contribuam com suas ideias e perspectivas, o que pode levar a soluções mais inovadoras e adequadas.
As informações sobre a empresa, suas metas, desafios e processos são compartilhadas de forma aberta com todos os colaboradores. Isso ajuda a construir confiança e alinhamento entre a liderança e os funcionários.
Promove canais de comunicação claros e acessíveis, onde todos podem expressar suas opiniões e feedbacks. A comunicação deve ser bidirecional, com a liderança ouvindo ativamente as contribuições dos funcionários.
Dá aos funcionários mais autonomia e responsabilidade para tomar decisões relacionadas às suas tarefas e áreas de atuação. Isso envolve confiar nas habilidades e no julgamento dos colaboradores.
Reconhece e valoriza as contribuições dos funcionários, reforçando a importância de suas ideias e esforços. Isso pode aumentar o engajamento e a motivação.
Oferece oportunidades contínuas para o desenvolvimento das habilidades dos colaboradores, garantindo que eles estejam preparados para assumir novas responsabilidades e contribuir de forma eficaz.
Fomenta um ambiente colaborativo, onde o trabalho em equipe e o compartilhamento de conhecimento são incentivados. A ideia é que o sucesso da organização depende do esforço coletivo.
A decisão é tomada com a participação de diversos membros da equipe, garantindo que diferentes perspectivas sejam consideradas e que a decisão seja mais bem fundamentada.
Estabelece um senso de responsabilidade compartilhada pelos resultados e pelo sucesso da organização, promovendo, sem dúvida, um compromisso mais profundo com os objetivos comuns.
Estabelece, sobretudo, um mecanismo para a coleta e implementação de feedback, promovendo um ciclo contínuo de melhoria e ajuste das práticas e processos.
Esses princípios em conjunto criam um ambiente mais inclusivo e engajador, o que certamente, leva a uma maior satisfação dos colaboradores e a uma maior eficiência organizacional.
Antes de mais nada, a implementação da gestão participativa depende de um processo em particular: a descentralização da liderança. Esse costuma ser um processo muito desafiador, pois depende de os colaboradores do topo da hierarquia compreenderem que não são os únicos com voz ativa. Vejamos mais sobre o assunto abaixo:
A partir do momento em que outras experiências e opiniões são consideradas de forma igualitária, eles precisam, acima de tudo, aceitar críticas construtivas e tornar todas as etapas mais transparentes, além de conferir autonomia aos demais colaboradores.
Além disso, para que a gestão participativa funcione de forma efetiva, é preciso, primeiramente, entender como os funcionários enxergam a gestão atual da empresa.
Sugestões de melhorias no clima organizacional, por exemplo, são uma forma de começar a introduzir a ideia de uma gestão participativa para os funcionários. Isso pode ser feito com uma reunião informal ou então um questionário, a depender do tamanho da empresa.
Sem dúvida, uma questão fundamental é deixar os funcionários a par de todas as informações relevantes da empresa. Só assim eles podem oferecer opiniões que serão efetivamente embasadas e que podem contribuir para o processo de tomada de decisão.
Justamente por isso, reforçamos que a confiança é um pilar importantíssimo ao se optar por uma gestão participativa. Da mesma forma, os resultados obtidos devem ser compartilhados, para que os colaboradores entendam os impactos de suas contribuições para o processo.
Encerramos assim nossa conversa sobre esse assunto tão importante, que com certeza, fará toda a diferença se aplicado corretamente em seu negócio.
Profissional experiente de RH dedicado a promover comunidades colaborativas fortes de líderes de RH. Como fundador do RH Club e da HR Community, uso meus mais de 15 anos de experiência para melhorar as perspectivas de carreira dos líderes de RH.