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Micromanagement: desvendando os riscos e estratégias para uma gestão mais produtiva

Entenda o que é micromanagement e como ele pode prejudicar a sua empresa. Acesse e saiba como identificá-lo na sua liderança.

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Isabel García

HR Consultant

Micromanagement: riscos e estratégias para uma gestão produtiva

16 de fevereiro, 2024

Se você conhece algum gestor que realiza um controle exagerado de seus liderados, e não os deixa serem autônomos em suas decisões, você provavelmente está diante de alguém que trabalha com um sistema de microgerenciamento, ou micromanagement.

A questão não é deixar de gerenciar, mas gerenciar de uma forma que não sufoque os liderados e nem tire a liberdade de ação do funcionário, que é muito importante para o sucesso da empresa.

Neste artigo vamos descobrir o que é micromanagement, os impactos que ele causa nas empresas, além de desvendar os riscos e as estratégias para que tenhamos uma gestão mais produtiva.

E para auxiliar nessa jornada, exploraremos como a gestão de tarefas pode ser uma ferramenta eficaz para equilibrar o controle e a autonomia, garantindo um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Vamos lá?

O que é micromanagement?

O micromanagement é uma forma de gestão na qual a liderança de uma equipe está nas mãos de uma pessoa que controla exageradamente seus funcionários, monitora em excesso, faz cobranças descabidas e centraliza todas as tarefas em si, chegando ao ponto de fazer as atividades de seus lideradas.

Há casos ainda em que os líderes chegam ao absurdo de monitorar os funcionários dentro e fora da empresa.

Esse modelo de gestão não é muito bem recebido, pois atrapalha totalmente a liberdade de criação do funcionário, além de mostrar falta de confiança e credibilidade causando um caos no clima da organização.

Por isso, ao longo desse artigo separamos algumas dicas para que você consiga identificar se em sua empresa existe alguma liderança que se comporte de tal maneira.

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Causas de surgimento de líderes que utilizam micromanagement

Mas existe algum motivo para que surjam esses líderes que se utilizam desse tipo de gestão?

Não podemos dizer que existe um motivo real para essa pergunta, mas com certeza o líder irá se espelhar nas ações da empresa. Caso a empresa seja conservadora e se utilize desses métodos para o tratamento com os líderes, estes tenderão a tratar seus liderados da mesma maneira.

Caso a empresa não seja o motivo, existem alguns outros que podem ajudar a explicar esse tipo de líder. Isso pode acontecer devido ao medo do fracasso, necessidade de controlar e dominar, falta de experiência em gerenciar pessoas ou até mesmo falta de confiança das pessoas com quem trabalha.

Identificando sinais de micromanagement

Para facilitar a identificação de pessoas na empresa que estejam se utilizando dessa ferramenta, separamos alguns tópicos.

  • Tudo deve passar por sua aprovação, até as coisas mais sem importância do dia a dia;
  • Precisa ter conhecimento de todos os passos dos funcionários;
  • Nunca delega tarefas;
  • Faz o trabalho dos outros;
  • Nunca dá autonomia aos liderados;
  • Não é capaz de aceitar novas ideias;
  • Retem o conhecimento só para si;
  • Nunca dá feedback.

Caso você perceba que algum líder está apresentando esses comportamentos, é hora de chamá-lo e dizer o quanto a empresa preza por uma liderança mais aberta e que dá oportunidades para o crescimento do time.

Impactos negativos do micromanagement

Como pudemos perceber até agora, esse tipo de gerenciamento não agrega nada a empresa, muito menos aos liderados. Essa forma de liderar é a que geralmente traz os piores resultados, pois torna o trabalho difícil e cansativo.

Vejamos agora alguns impactos que podem ser percebidos em colaboradores de empresas que são gerenciados por este tipo de liderança.

  • O trabalho se torna exaustivo e excessivamente burocrático.
  • O liderado perde a liberdade de criar soluções para o negócio, permanecendo sempre com os mesmos problemas.
  • O trabalho nunca é feito com a identidade do colaborador, sempre se parece com o trabalho que o líder executaria, pois não há chance de criatividade.
  • Deixa o colaborador extremamente dependente do líder, pois ele nunca consegue realizar as tarefas sozinho, está sempre na sombra.
  • Causa uma grande desmotivação, pois o colaborador sabe que se tiver alguma ideia ou opinião ela jamais será aceita.
  • Pode deixar um sentimento negativo da empresa no funcionário, pois ela será sempre lembrada como um lugar ruim de trabalhar.
  • Aumento da rotatividade, pois o profissional não aguentará por muito tempo trabalhar nessas condições desfavoráveis.
  • Baixa produtividade, já que o colaborador não conseguirá produzir satisfatoriamente, sendo constantemente vigiado e sentindo que todos os seus passos são vigiados.
  • Problemas de saúde relacionados ao estresse, depressão e até mesmo a Síndrome de Burnout.

Ninguém quer trabalhar duro todos os dias e ainda por cima sentir que não tem a confiança de seus gestores para realizar seu próprio trabalho.

Promovendo uma cultura de confiança sem o micromanagement

Por outro lado, se a empresa investir em gerentes e líderes que promovem uma cultura de confiança com seus colaboradores o que se pode esperar é extremamente o inverso.

Oferecendo autonomia para seu funcionário você mostrará o quanto confia nele e em seu trabalho, monstrando que a empresa espera que ele seja criativo e produza cada vez mais para o crescimento de ambos.

Mas esta autonomia também não quer dizer que você vai deixar que o trabalho ocorra sem supervisão. Por isso, deve ficar bem claro que esse voto de confiança deverá ter retorno em forma de resultados positivos.

Desenvolvimento de líderes eficazes

Para que a liderança seja eficaz e não se esconda atrás do micromanagement, observaremos abaixo algumas dicas que ajudarão no desenvolvimento de líderes qualificados.

  • Invista em programas de treinamento de habilidades técnicas e comportamentais
  • Invista em programas de treinamento e capacitação em diversas áreas
  • Invista em programa de liderança e inteligência emocional
  • Promova a diversidade e a inclusão
  • Reconheça e recompense o bom desempenho
  • Crie um programa de mentoria entre líderes e aspirantes
  • Ofereça oportunidades de crescimento

Porém, não adianta a empresa oferecer toda essa estrutura para seu líder se ele não tiver interesse em se tornar um profissional exemplar. Exercer a liderança é uma ação ligada ao desenvolvimento contínuo, superação de obstáculos, foco, ação e constante aprendizado.

Com base nesse pensamento, vale destacar que o líder também precisa estar sempre atento e em busca do seu desenvolvimento contínuo. Além disso, é essencial que ele busque também o crescimento da sua equipe e organização.

Como reduzir o micromanagement?

Reduzir o micromanagement requer uma abordagem cuidadosa e estratégica para promover a confiança, a autonomia e a responsabilidade dentro da equipe. Aqui estão algumas sugestões para reduzir o micromanagement:

  1. Estabeleça expectativas claras: defina claramente as metas, objetivos e padrões de desempenho para a equipe. Quanto mais claras forem as expectativas, menos espaço haverá para a micromanagement.
  2. Fomente a confiança: delegue tarefas e responsabilidades e permita que os membros da equipe tomem suas próprias decisões.
  3. Promova a comunicação aberta: esteja disponível para ouvir preocupações, ideias e feedback, e forneça feedback construtivo de forma regular.
  4. Delegue com eficiência: delegue não apenas tarefas, mas também autoridade e responsabilidade. Certifique-se de que os membros da equipe tenham as habilidades e recursos necessários para realizar suas tarefas com sucesso.
  5. Foco nos resultados: concentre-se nos resultados e no desempenho geral da equipe, em vez de se fixar em detalhes minuciosos do processo.
  6. Desenvolva habilidades de autogestão: capacite os membros da equipe a gerenciar seu próprio tempo, definir prioridades e resolver problemas de forma independente.
  7. Forneça orientação e suporte: mas evite intervir excessivamente no processo de trabalho, a menos que seja absolutamente necessário.
  8. Promova a cultura de confiança: onde os membros da equipe se sintam valorizados, respeitados e capacitados a contribuir para o sucesso da empresa.
  9. Ofereça treinamento e desenvolvimento: por meio de treinamentos, workshops e oportunidades de aprendizado contínuo, para que eles se sintam mais confiantes e capazes em suas funções.
  10. Avalie e ajuste: Regularmente avalie seu estilo de gestão e o clima organizacional para identificar sinais de micromanagement e faça ajustes conforme necessário.

Agora que você já sabe reconhecer um líder micromanagement e se este não é o tipo de liderança que você quer em sua empresa, que tal conversar com ele para ajudá-lo a se tornar um líder melhor?

Espero que tenhamos ajudado a você tomar uma decisão assertiva e que vá colaborar com o crescimento de sua empresa!

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VP of Community and Growth at Sesame RH | + posts

Profissional experiente de RH dedicado a promover comunidades colaborativas fortes de líderes de RH. Como fundador do RH Club e da HR Community, uso meus mais de 15 anos de experiência para melhorar as perspectivas de carreira dos líderes de RH.


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