Gestão
Transferência de Funcionário: Processos e Considerações Essenciais
Processos e aspectos importantes ao transferir um funcionário. Entenda as etapas fundamentais desse processo.
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Processos e aspectos importantes ao transferir um funcionário. Entenda as etapas fundamentais desse processo.
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Lukas Letieres
HR Consultant
13 de dezembro, 2023
Se você é um profissional no mercado brasileiro, é provável que em algum momento da sua jornada de trabalho tenha se deparado com o conceito de mudança de local de trabalho. Mas o que isso realmente significa? E, mais importante, por que isso é relevante para você?
Em sua essência, a relocação de um membro da equipe não é apenas um jogo de cadeiras em um escritório. É uma estratégia chave que as empresas utilizam para otimizar a produtividade, capitalizar talentos e responder efetivamente às demandas do negócio. Quando bem gerida, a realocação de funcionários pode levar a um aumento na satisfação do empregado, uma equipe mais engajada e, por fim, um negócio mais bem-sucedido.
Movimentação de funcionários é um tema multifacetado que abrange muitos aspectos, desde políticas internas de RH até leis trabalhistas. Para compreender completamente esse conceito, é crucial que você continue sua leitura. Você nunca sabe quando essa informação pode impactar diretamente sua carreira ou seu negócio.
Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a recolocação de um colaborador para outra localidade dentro da empresa deve obedecer a certas regras. Primeiramente, é importante destacar que a mudança só pode ocorrer em situações muito específicas e deve ser aprovada pelo funcionário.
Segundo o artigo 469 da CLT, a empresa só pode realocar o funcionário sem sua concordância se a mudança não implicar em alteração do seu domicílio. Ou seja, se a alteração for dentro da mesma cidade ou região metropolitana. Por outro lado, caso a mudança seja para outra cidade ou estado, o funcionário precisa concordar formalmente com a alteração.
Além disso, a CLT prevê que em mudanças de localidade permanentes, a empresa deve arcar com todas as despesas de transporte, mudança e instalação do funcionário e sua família. Esta informação é estabelecida no artigo 470 da CLT.
Ainda é importante ressaltar que, em caso de desacordo ou descumprimento dessas regras, a empresa pode ser obrigada a pagar adicionais como indenizações e multas.
Aqui estão os pontos-chave a lembrar:
Sim, é totalmente possível realizar o deslocamento de colaboradores entre empresas, desde que ambas pertençam ao mesmo grupo econômico. Este processo é conhecido como transferência de empregados.
Para que esta ação seja efetiva, é importante que você, gestor ou proprietário, esteja ciente de algumas regras que regem esse procedimento.
Primeiro, a mudança deve ser consentida por ambas as partes envolvidas. É fundamental o acordo do colaborador a ser transferido.
Segundo, é preciso que a empresa de destino tenha condições de garantir ao colaborador todos os seus direitos trabalhistas previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
No caso de transferências internacionais, o funcionário deve receber um adicional de, no mínimo, 25% sobre o salário.
Além dessas condições, você deve atentar para:
Lembre-se que o respeito ao colaborador e à legislação trabalhista são fundamentais para a boa gestão de recursos humanos e para o sucesso na movimentação de funcionários entre empresas.
Se atente também ao planejamento e à comunicação da mudança, para que o processo seja o mais transparente e menos impactante possível para o colaborador.
Informações adicionais podem ser consultadas na CLT, em seu artigo 469 e parágrafos.
A legislação trabalhista brasileira prevê a possibilidade de uma remoção do empregado de um local de trabalho para outro. No entanto, essa mudança não é tida como um direito absoluto do empregador e nem como uma obrigação incontestável do funcionário.
Em primeiro lugar, um empregador pode solicitar a recolocação do funcionário para outro local de trabalho. Contudo, essa solicitação deve se basear em uma justificativa lógica e de interesse da empresa. Além disso, não pode resultar em prejuízos para o empregado, como despesas extras de deslocamento ou mudança de residência sem a devida compensação.
Em segundo lugar, o funcionário não é obrigado a aceitar tal mudança, principalmente se ela for imposta de forma unilateral e sem a devida compensação. Há casos, inclusive, em que a justiça trabalhista entende que a transferência forçada pode configurar assédio moral, o que pode gerar danos morais ao trabalhador.
Os pontos-chave do artigo:
Frequentemente, as empresas precisam movimentar seus talentos entre departamentos ou localizações. Entender como conduzir esse processo pode fazer uma grande diferença no sucesso da movimentação e no bem-estar do colaborador. Confira alguns conselhos práticos para tal situação:
1. Avalie a situação atual do colaborador: Antes de qualquer decisão, é crucial compreender como o funcionário se sente em seu papel atual. Se ele estiver insatisfeito, a mudança pode ser vista como uma oportunidade. Contudo, se estiver feliz e produtivo, a transferência pode ser encarada como uma interrupção indesejada. Nesse caso, é crucial garantir que o funcionário entenda os motivos e benefícios da mudança.
2. Considere a compatibilidade com a nova função: Avalie se o colaborador possui as habilidades e competências necessárias para a nova função. Além disso, é importante considerar se a mudança está alinhada com os objetivos de carreira do funcionário.
3. Ofereça suporte durante a transição: A transferência pode ser um momento estressante. Ofereça apoio durante todo o processo, garantindo que o colaborador tenha tempo para se adaptar à nova função ou localização. Isso pode incluir treinamentos, orientação e assistência com logística, se necessário.
4. Mantenha a comunicação aberta: É importante manter uma comunicação clara e aberta durante todo o processo. O funcionário deve se sentir confortável para expressar qualquer preocupação ou dúvida, e deve ser mantido informado sobre todas as etapas da transferência.
5. Solicite feedback após a transferência: Após a conclusão da transferência, solicite feedback do funcionário. Isso pode fornecer informações valiosas que ajudarão a aprimorar futuras transferências.
Como diz a famosa frase de Peter Drucker, “o que é medido é gerenciado”. Portanto, lembre-se de acompanhar o desempenho e a satisfação do funcionário após a transferência para garantir que a mudança foi bem-sucedida e benéfica para ambos os lados.