Gestão
Entenda o que é Síndrome de Burnout e como criar estratégias para evitar em sua empresa
Você sabe o que é Sindrome de Burnout? Acesse e entenda o que é, como indentificá-la e ações que sua empresa pode tomar para preveni-la.
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Você sabe o que é Sindrome de Burnout? Acesse e entenda o que é, como indentificá-la e ações que sua empresa pode tomar para preveni-la.
Precisa de ajuda?
Lukas Letieres
HR Consultant
15 de março, 2023
Com certeza você já ouviu falar em Síndrome de Burnout e, provavelmente, conhece alguém que já passou por essa situação.
Com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo e o acúmulo de tarefas cada vez mais constante, está se tornando comum encontrar profissionais com distúrbios psicológicos como esse.
Para ajudar a combater essa doença, preparamos um texto com todas as informações necessárias para identificar o Burnout na sua empresa e as melhores ações para preveni-lo. Continue a leitura!
A Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio emocional causado pelo excesso de trabalho. Ela apresenta sintomas relacionados à exaustão extrema, altos níveis de estresse e esgotamento físico.
Geralmente, profissões que envolvem um alto nível de pressão, competitividade, responsabilidade e carga emocional são as que mais sofrem com esse tipo de problema. Além disso, profissionais que estendem por muito tempo sua carga horária ou que trabalham em ambientes tóxicos também estão sujeitos a esse problema.
Importante ressaltar que o Burnout é originado somente no local de trabalho, porém ele também traz graves consequências para a vida pessoal do profissional, refletindo em suas relações familiares, de amizade e amorosas.
A partir de janeiro de 2022, essa síndrome passou a ser reconhecida pela OMS como uma doença ocupacional. Desta forma, ela deixou de ser considerada como um problema de saúde mental com quadro psiquiátrico, sendo oficializada como um “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”.
Para identificar o Burnout existem alguns sintomas que devem ser observados. Geralmente, eles podem começar de forma mais leve e se intensificarem com o passar dos dias.
Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas são:
Caso alguns desses sintomas sejam identificados e persistam por um período, é importante buscar ajuda psiquiátrica e psicológica o mais rápido possível, para que o problema não se agrave.
Como vimos, os sintomas de Burnout podem ser muito semelhantes a outras doenças, como ansiedade e depressão. Porém, existem alguns sinais que podem indicar que um funcionário está passando por essa condição:
Aquele funcionário que sempre se esforçava para entregar suas atividades da melhor forma passou a perder prazos e entregar com qualidade inferior? Isso pode ser um sintoma claro de Burnout.
Quem sofre com essa síndrome também passa a não ver mais interesse em atividades que antes eram prazerosas e gratificantes.
É importante perceber se o funcionário está se queixando com frequência de dores de cabeça, insônia e fadiga. Por ser algo constante, isso pode ter alguma ligação com o surgimento do Burnout.
Faltas e ausências frequentes, irritabilidade, agressividade, isolamento e baixo desempenho são alguns tipos de mudanças de comportamento que devem ser observadas com atenção.
Caso seja identificado algum desses sintomas em algum funcionário, é importante prestar apoio psicológico e identificar a razão para que ele tenha chegado a esse estágio. Desta forma, é possível ajudá-lo e criar ações para melhorar o ambiente de trabalho, para que outros não desenvolvam a síndrome.
Como a Síndrome de Burnout é originada no ambiente de trabalho, a empresa pode adotar algumas estratégias para minimizar a possibilidade de seus funcionários desenvolverem a doença.
Confira algumas das principais que separamos para você:
Sejam reuniões entre líder e liderado, reuniões de time ou happy hours, é muito importante que haja esse momento de troca entre os funcionários.
Isso faz com que o ambiente de trabalho seja mais descontraído, além de permitir que os colaboradores se expressem e sintam que têm abertura para dar suas opiniões dentro da empresa.
Sessões de ginástica laboral, meditação, yoga e mindfulness, por exemplo, são ótimas atividades que a empresa pode organizar para aliviar o estresse durante o dia de trabalho.
Além disso, rodas de conversas e atividades em grupo também são opções para deixar o ambiente mais descontraído.
Muitas empresas possuem planos de academia entre seus benefícios, o que é um ótimo estímulo para que o funcionário tenha essa rotina. Mas além de oferecer esse benefício, a empresa também pode organizar campeonatos de esportes e treinos semanais para os interessados.
As atividades físicas são uma ótima arma contra as mais diversas doenças que podem acometer um trabalhador. No entanto, com a apertada rotina, pode ser difícil encontrar tempo para praticar esportes. Por isso, incentivar a prática de exercícios mantém os colaboradores saudáveis e funcionais.
Permitir que o funcionário tenha horários flexíveis e oferecer a opção de trabalho remoto são ótimas maneiras de ajudá-lo a realizar suas atividades pessoais no dia a dia.
Podemos considerar essas atividades como ir ao médico, buscar o filho na escola, praticar atividades físicas, dentre diversas outras que ajudam a aliviar o estresse e cuidar da saúde física e mental.
Realizar treinamentos voltados para inteligência emocional, gestão de tempo e até mesmo sobre saúde mental e Burnout, são outras formas de evitar essa síndrome. A informação é uma das principais aliadas no combate de doenças, por isso, não deixe essa estratégia fora do seu planejamento.
Não reconheça apenas aqueles funcionários que são conhecidos como workaholics, mas dê visibilidade e feedbacks para aqueles que cumprem seus horários e ainda assim entregam muito e com qualidade.
Ao valorizar apenas aquele que trabalha muitas horas por dia, você cria uma cultura de incentivo que pode prejudicar a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Inclusive, se na sua empresa existem funcionários que excedem muito o horário, é importante entender o porquê e cuidar para que isso não aconteça mais.
De nada adianta a empresa realizar todas as estratégias anteriores se seguir exigindo uma quantidade de tarefas além do que o funcionário consegue entregar e prazos fora da realidade.
Por isso, é importante estabelecer uma quantidade de horas semanais trabalhadas (mesmo que a jornada seja flexível). Além de dar dar prazos realistas e não sobrecarregar os funcionários com diversas atividades ao mesmo tempo.
Caso algum dos seus funcionários seja diagnosticado por um psiquiatra ou psicólogo com a Síndrome de Burnout, existem algumas atitudes que podem ser tomadas por parte da empresa para ajudá-lo a passar por este momento.
Mesmo que o psiquiatra dê atestado para o funcionário, é importante conceder mais dias de folga ou antecipar as suas férias, caso necessário. Assim, você garante que o colaborador descanse e complete seu tratamento antes de voltar às suas atividades.
A empresa também pode ajudar o funcionário indicando algum especialista e, até mesmo, ajudando no pagamento do tratamento.
Essa é uma das principais ações que a empresa deve ter caso um de seus funcionários seja diagnosticado com Burnout.
Entender as razões que o levaram a isso e realizar as mudanças necessárias para criar um ambiente saudável, é essencial para que o colaborador não passe pela mesma situação novamente e também para prevenir que outros cheguem a este estágio.
Esperamos que este artigo tenha ajudado a entender melhor o que é a Síndrome de Burnout e como ela pode ser evitada dentro da empresa. Para descobrir sobre mais doenças ocupacionais e como prevení-las, siga no blog de Sesame.