Tendências de RH
Quiet quitting: descubra o que significa e como lidar na sua empresa
Saiba o que é Quiet Quitting, uma nova tendência que vem ganhando força no mercado de trabalho. Acesse e entenda tudo sobre o assunto!
Tendências de RH
Saiba o que é Quiet Quitting, uma nova tendência que vem ganhando força no mercado de trabalho. Acesse e entenda tudo sobre o assunto!
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Isabel García
HR Consultant
1 de fevereiro, 2023
Você já ouviu falar em quiet quitting? Este termo virou uma tendência que se espalhou nos últimos meses pelas redes sociais e está gerando vários debates acerca do equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal.
Vivemos em uma realidade onde o trabalho ocupa grande parte do nosso dia. Com a difusão do home office, tornou-se ainda maior o número de pessoas que trabalham mais do que o horário acordado e desenvolvem doenças mentais por conta do grande estresse e acúmulo de tarefas, como depressão, ansiedade e burnout.
Neste artigo, vamos explicar o conceito de quiet quitting, esclarecer os principais motivos para que ele aconteça, te ajudar a identificá-los e criar ações para impedir que aconteça na sua empresa. Vamos lá?
Apesar do nome, o quiet quitting, ou demissão silenciosa, não tem nada a ver com o funcionário se demitir sem avisar ninguém. Esse termo representa o movimento de profissionais que buscam um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Por isso, realizam apenas as atividades que são esperadas da sua função, ou seja, fazem apenas o que está definido na descrição do seu cargo. Isso inclui não trabalhar mais horas do que o combinado, não trabalhar aos finais de semana e feriados, além de não acumular outras funções.
Esses profissionais acreditam que o excesso de trabalho está prejudicando a saúde mental das pessoas, que estão adoecendo por causa disso. Por este motivo, o movimento vem como um contraponto à cultura de ser workaholic.
O quiet quitting surgiu principalmente para ir de encontro à atitudes que se desdobram das frases “trabalhe enquanto eles dormem”, “vestir a camisa da empresa” e “doar-se ao máximo para o sucesso do negócio”.
Desta forma, o próprio funcionário estabelece seus limites de trabalho. Eles realizam de forma correta suas atividades, porém sem deixar que elas tomem uma proporção muito grande na sua vida.
Uma das primeiras publicações sobre o assunto, que ganhou visibilidade entre os millennials e a geração Z, surgindo do engenheiro de Nova York, Zaid Khan. Em seu post no TikTok, ele explica o fenômeno:
“Você não está desistindo do seu emprego, mas está abandonando a ideia de ir além no trabalho. Você ainda está cumprindo seus deveres, mas não está mais seguindo a mentalidade da cultura de agitação de que o trabalho deve ser sua vida. A realidade é que não é, e seu valor como pessoa não é definido pelo seu trabalho.”
Existem diversos motivos que podem levar a pessoa a aderir a essa tendência. Separamos aqui alguns dos principais em grande parte das empresas:
Um dos principais motivos para o quiet quitting é a grande quantidade de trabalho a qual alguns funcionários são submetidos. A sobrecarga pode fazer com que eles acabem não se dedicando o suficiente às suas atividades e, com o tempo, acabam se cansando excessivamente e limitando suas entregas.
A desmotivação pode ser uma consequência da sobrecarga, mas também pode ocorrer por outros fatores. A falta de motivação pode vir da falta de desafios, de perspectiva de crescimento ou pela falta de inovação. Ao ficar desmotivado, o funcionário acaba propenso a aderir ao quiet quitting.
Apesar de não ser tudo, a remuneração é um ponto muito importante para qualquer pessoa. Um salário abaixo do mercado pode fazer com que o funcionário se sinta desmotivado e não queira se esforçar o bastante para ajudar a empresa a atingir seus objetivos.
Existem algumas ferramentas que podem ajudar as empresas a identificar se os seus funcionários como um todo, ou de alguma área específica, estão aderindo a esse movimento. Além disso, é possível entender se isso está prejudicando a sua produtividade de alguma forma. São elas:
A pesquisa de clima é uma ferramenta que pode ser utilizada para entender a percepção dos funcionários em relação ao ambiente, às atividades que desempenham e às relações de trabalho.
Desta forma, é possível identificar se ele está se sentindo sobrecarregado pela quantidade de tarefas, se está acumulando mais funções do que deveria ou se está sofrendo pressões excessivas das lideranças.
Caso a pesquisa mostre que existem colaboradores com uma grande quantidade de atividades para serem realizadas e que não possuem uma boa relação de trabalho, é preciso rever esses pontos e se atentar ao quiet quitting, que poderá afetar a produtividade do funcionário.
Com a avaliação de desempenho é possível analisar se os funcionários estão tendo o desempenho esperado para o seu cargo. Além disso, é possível identificar se houve alguma queda de desempenho ao longo do tempo.
Caso o desempenho tenha caído, principalmente de forma brusca, é importante analisar a quantidade de trabalho que está sob responsabilidade da pessoa e identificar se ela pode estar sofrendo alguma doença mental decorrente desse problema.
Esta é uma métrica importante de ser acompanhada pelo RH, já que pode dar indícios de que os funcionários podem estar com problemas de saúde, tanto física quanto mental, e também sobre seu engajamento com o trabalho.
Caso o índice de ausências não justificadas ou de atestados médicos esteja alto, é importante buscar entender a razão para isso, principalmente com conversas entre o líder e o colaborador.
Desta forma, é possível buscar formas de melhorar o ambiente de trabalho, caso ele seja o causador desse absenteísmo.
Como dissemos no tópico anterior, acompanhar com frequência o índice de absenteísmo e realizar as pesquisas de clima e avaliações de desempenho pode ajudar a identificar o quiet quitting no início e já criar ações para impedi-lo.
Além desses pontos, existem algumas outras ações que podem ser realizadas para impedir essa prática, sendo elas:
Garanta que a comunicação dentro da empresa seja fluida e que todos se sintam abertos para compartilhar suas insatisfações e inseguranças.
Para que o funcionário trabalhe bem e busque sempre o melhor para a empresa, é preciso garantir que ele tenha todas as ferramentas necessárias para realizar o seu trabalho.
Ao se sentir valorizado, seja em feedbacks, com um plano de carreira bem definido ou até mesmo recompensas, o colaborador fica mais motivado para trabalhar e dar o seu melhor para o crescimento da empresa.
Ter um software como Sesame pode ajudar o RH e os gestores a identificarem possíveis casos de quiet quitting. Além disso, também é capaz de auxiliar no planejamento de tarefas para que ninguém fique sobrecarregado.
Como mencionamos, a pesquisa de clima e a avaliação de desempenho são estratégias que podem ajudar a identificar essa tendência em seus funcionários. No software de Sesame, você conta com ferramentas especializadas nessas duas ações, que vão facilitar tanto a criação dos questionários como a avaliação.
Além disso, com o people analytics, também é possível analisar diversas métricas, como o absenteísmo, que auxiliam na identificação do quiet quitting.
Esperamos que este artigo tenha te ajudado a entender esse novo movimento que vem ganhando força no mercado. Conte com o Sesame para facilitar as estratégias do seu dia a dia!